AVALIAÇÃODA OSTEOPOROSE COM DENSITOMETRIA ÓSSEA

DEPRESSÃO E STRESS RELEVANTE

14 de outubro de 2011

ENDOCRINOLOGIA – NEUROENDOCRINOLOGIA – NUTRIÇÃO: O AUMENTO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA TEM COMO CONSEQUÊNCIA

O AUMENTO DO RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS NA IDADE ADULTA.

A obesidade é uma doença que constitui um importante fator de risco para o aparecimento, desenvolvimento e agravamento de outras doenças. A obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afetar a saúde. O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia despedida. Os fatores que determinam este desequilíbrio são complexos e incluem fatores genéticos, metabólicos, ambientais e comportamentais. Este desequilíbrio tende a perpetuar-se, pelo que a obesidade é uma doença crônica. O aumento da prevalência de obesidade e conseqüente aumento do risco de desenvolvimento de doenças crônicas na idade adulta, que lhe está associado, devem ser rigorosamente monitorizados. Para a monitorização do excesso de peso e da obesidade podemos recorrer a medidas antropométricas, como o peso, a altura, o perímetro cefálico, o perímetro braquial e a circunferência abdominal. Estas medidas têm sido amplamente utilizadas e constituem um método relativamente fácil, não invasivo, reproduzível e de custos reduzidos para determinar a proporção, o tamanho e a composição corporal de cada indivíduo.
O excesso de peso e a obesidade podem ser estudados com recurso a uma medida antropométrica resultante da avaliação do peso e da altura, conhecida por Índice de Massa Corporal (IMC). Nos estudos epidemiológicos em adultos, o excesso de peso e a obesidade são definidos diretamente através dos valores do IMC. Nas crianças e adolescentes são definidos com base nos percentis do IMC. O IMC é um método aplicado universalmente, barato, não invasivo, de simples utilização e constitui uma boa medida para avaliar o excesso de peso e a obesidade. A classificação para adultos é a seguinte: <18,5Kg/m² – baixo peso; 18,5-24,9Kg/m² – peso normal; 25,0-29,9Kg/m² – pré-obesidade; 30,0-34,9Kg/m² – obesidade grau I; 35,0-39,9Kg/m² – obesidade grau II; ≥40,0Kg/m² – obesidade grau III. IMC aumenta de modo gradual na infância, diminui durante a idade pré-escolar e aumenta novamente na adolescência. Por esta razão, o IMC das crianças e dos adolescentes tem de ser avaliado com recurso a valores de referência em função da idade e do sexo.
Outra medida para avaliar a obesidade é a circunferência abdominal, que não está diretamente relacionada com a altura dos indivíduos, mas correlaciona-se com a quantidade de gordura intra-abdominal. É calculada através da razão cintura/quadril, importante no diagnóstico de obesidade andróide e, conseqüentemente, na avaliação do risco de ocorrência de certas doenças. Baseando-nos em características morfológicas, existem dois tipos de obesidade: Obesidade andróide, abdominal ou visceral – quando a gordura se distribui principalmente no abdômen e está presente, sobretudo no sexo masculino; e Obesidade do tipo ginóide – quando a gordura se distribui, principalmente, na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas, característica do sexo feminino. A obesidade androide está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidemia e, a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, a doença coronária e a doença vascular cerebral, bem como à síndrome do ovário policístico e à disfunção endotelial (ou seja deterioração do revestimento interior dos vasos sanguíneos).
A associação da obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-abdominal e não da gordura total do corpo. A obesidade ginóide está associada, sobretudo, a alterações circulatórias e hormonais. Para conseguir essa diminuição da massa gordurosa é necessário um balanço energético negativo, condição na qual o gasto supera o consumo de energia, pois os estoques de energia do organismo são consumidos para sustentar processos metabólicos, levando a perda de peso. Uma alimentação equilibrada na adolescência é uma estratégia de prevenção, pois estabelece e reforça os hábitos alimentares para toda a vida.


Dr. João Santos Caio Jr. 
Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio 
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930


Como Saber Mais:
1. Quais são as conseqüências da obesidade andróide, abdominal ou visceral?
http://controladaobesidade.blogspot.com

2. A obesidade andróide está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidemia.
http://colesteroltriglicerides.blogspot.com

3. A obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afetar a saúde...
http://nutricaocontrolada.blogspot.com

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Referências Bibliográficas:
Pereira B.; Condessa I.; Carvalho G. S.; Cunha C.; Pereira V. Actas do Vº Seminário Internacional/IIº Ibero Americano de Educação Física, Lazer e Saúde, Maio, 2009.


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